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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

LEI



A lei existe.
Traz a beleza fomentada com idealizaçoes,
Regularizando o que se insiste
Em dizer que são precauçoes!

A proteçao vem mediante a burocratizaçao,
Processos engessados,
E onde não ha uma conciliaçao
Impera a dinastia dos congelados.
Ou quem sabe o absolutismo dos parados

Com uma unica condicao 
O lado criativo se esmorece,
E Na medida em que a ditadura cresce,
Os fracos silenciam-se ainda mais
Mas nas maos dos rebeldes brota um alicerce
E é ali que a poesia floresce.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SOMBRA


A luz que ilumina
É a mesma que revela o obscuro


A sombra carrega o que se perdeu
na seleção automática de relevancia
Que o ego enterrou na alma


O cheiro que impera é de sexo e sangue
Suor e podre
apetites alucinados
sentimentos de alivio
organizados em orgias e mortes


Nos prazeres da vingança
O sangue é tinta
Os gritos compoe uma sinfonia
a melodia compensatória


Os medos motores
impulsionam a furia da sombra
Que na madrugada é invisivel
Que caminha solta por aí
Louca pra se divertir :) 

domingo, 22 de janeiro de 2012

IMAGINAÇÃO


Nem tudo vai brilhar,
Não saberemos sobre o futuro,
Bom seria,
Se tudo pudesse rimar,
Viver uma dançante melodia,
Belos passos em ritmo e harmonia.

Impulsivos,
Alimentamos o planejamento,
Esquecidos,
Que cada tempo tem seu momento,
Prometemos e enganamos,
Perdemos e choramos.

A tristeza vai embora,
A felicidade é passageira,
Dizem que a vida é agora,
Que passa rápido é ligeira,
Alguem gritou:
Aproveite!

Mas quem sabe a receita?
Quantas colheres? xícaras?
Mexe pra esquerda? pra direita?
Ninguém sabe.

Cada um tem a formula que lhe cabe,
Quem não tem, compra!
No livro, na revista,
Tem gente que até imita artista.

Esperanças em vão,
Forjadas na nossa escuridão,
Além do que podemos enxergar,
Tão impregnado...
Envolvido com tantos nós,
Que não dá pra desatar,
Que não dá pra viver,
Nem ser o que se quer ser,
Só seremos o que podemos ser.

Perseguir uma incerteza,
Um ideal,
Que é contra sua natureza,

Para tolas leis serei leal,
Cumprirei a obrigação,
Sem saber se acertarei,
E aqui dentro, serei uma aberração,
Assassino do meu eu.

Pobreza no espírito, 
Riqueza nas mãos,
Na alma um só grito,
Libertação!

Impossível!
Disse o vento que passou,
Não! Não na minha imaginação,
Não no mundo que posso criar,
Na terra distante,
Onde tudo posso realizar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

REALMENTE


Eu realmente não sei onde a vida vai me levar
Eu fecho os olhos pra não ouvir
Eu abro a boca pra não enxergar


Eu realmente não sei o que faço de errado
Eu corro pra ficar parado
Eu mudo pra não mudar


Eu realmente não sei o que está diferente
Eu me escondo pra que me encontrem
Eu faço silencio na hora de falar


Eu realmente acho que está tudo certo
A luz me céga
E no escuro eu não enxergo


Eu realmente vejo que está tudo bem
Eu odeio pra dizer que amo
E eu amo pra dizer que tenho medo


Eu realmente escuto que sou feliz
Eu choro pra não sorrir
Eu me mato pra renascer


Eu realmente acho que tudo é normal
Eu escrevo pra ninguém ler
Eu aceno pro além


Eu realmente vou acreditar que assim é perfeito
Gritar sem voz
Chorar sem lágrimas
Pedir sem precisar
Roubar de quem não tem
Eu realmente não sei o que precisa mudar?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SEGUNDOS MINUTOS E HORAS


Tem segundos, minutos e horas
Que não há como não parar
E deixar o fluir do traço desalinhar
De se perder, no que não dá pra crer
E esquecer de tudo o que se tem pra fazer
Reconhecer o reflexo e a sombra do seu ser
Correndo o risco de tentar ver
Num lugar onde não há o que se ver
Irá cair no vazio, com o nada que há de surgir
E partir numa urgência de se permitir
De sentir um misero e discreto, sentir


É nesses segundos, minutos e horas
Que se percebe que não está vivendo
Que os dias passam e você vai morrendo
E o seu corpo envelhecendo
Com mais um dia que está amanhecendo
E no desespero do desaparecido
Na angustia do eterno esquecido
Percebe que só de morte tem vivido
Pois
O sonho acabou
Os amores não amou
A paz tanto buscou e não encontrou
A própria vida condenou
Porque diante do que sou, ela parou


Mas é nesses segundos, minutos e horas
Que a gente pensa em mudar
Acha que tem tempo de reiniciar
E a força adormecida pode retornar
E o que não se sabe, quem sabe recuperar
Ressuscitar o corpo morto
Que como um zumbi caminhava torto


E quando chega esses segundos, minutos e horas
A magia da alegria é instaurada
E com a vitória sobre o nada
A vida percorre uma estrada apaixonada
Onde as esperanças tornam-se flores
As pessoas transformam-se em amores
Os temores negros, ganham cores
E da nossa poesia tornamo-nos mais que autores
Senhores do belo e esplendoroso
Que reluz na alma do antigo medroso


Mas esses segundos, minutos e horas passam
E o diferente vira costume
A musica aos poucos perde seu volume
E como peixes enfiamo-nos atrás do cardume
Nos conformamos com o habitual
E tudo o que é igual deixa de ser especial
A beleza só se encontra na novidade
Em perseguir uma nova verdade
Que lhe traga novamente um grão de felicidade


E um dia os segundos, minutos e horas param
E o cego que não olhou para o lado
Agora dentro do seu caixote quadrado
Entende que a busca era o que era errado
Que condenado foi o seu passado
E o futuro nunca mais chegará
Na hora da morte a única luz que recebeu
Foi a ver que na verdade ele viveu
O problema, é que não percebeu.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

NOVO DIA


Hoje o mundo está despencando,
Mas a minha mente está navegando,
De braços cruzados só observando.

Hoje acordei pra não me preocupar,
É o dia de parar pra ver o mar,
Olhar os homens a remar,

Ontem foi dia de morrer,
De chorar e sofrer,
De deixar tudo pra trás e correr.

Mas hoje meu espirito está renovado,
Achando engraçado o que estava errado.
Compreendendo que o feio é belo e encantado.

PESO


Assim como um espirito nefasto,
Tenho seguido de arrasto,
Deixando as marcas de um sapato gasto,

 Vou me deixando levar,
A correnteza me arrasta até eu afundar,
As vezes ela me deixa respirar,
Pois seu desejo não é me matar,
Ela só quer me torturar.

Tudo o que eu preciso, 
É um colo pra me aquecer,
Mas não tenho pra onde correr,
Nem uma alma pra me socorrer,
Só alguém que entenda o meu sofrer,
Alguém que não pense só em receber,

 Mas aprendi a me curar sozinho,
Desviar dos espinhos,
De uma vida sem carinho,
Como um passaro sem ninho.

 Eu só tenho o tempo,
Fico a observar ele passar,
Na esperança de ele levar,
Tudo que preciso transformar.